Reduzindo a necessidade de trocas parciais

 

Por Marcelo Esteves 

As trocas parciais são fundamentais para manter a qualidade de um aquário. A frequência destas trocas vai ser determinada por diversos fatores como, por exemplo, a capacidade do sistema de filtragem e número de animais no aquário em relação ao seu volume. Mesmo em ambientes muito equilibrados é impossível evitar as trocas parciais de água. Veja neste post os produtos que podem ajudar a reduzir  a necessidade de trocas parciais de água.

Eliminando o fosfato

O fosfato está presente nas rações, na água tratada que chega a nossas residências e na matéria orgânica que acumula naturalmente em nossos aquários (restos de animais, plantas e fezes dos peixes).  Na água doce altas concentrações desta substância costumam resultar no crescimento descontrolado de algas. Já nos aquários marinhos, além de incentivar o crescimento de algas, o acúmulo de fosfato é prejudicial para o crescimento dos corais. Como os filtros biológicos não removem o fosfato, a solução é realizar trocas parciais ou utilizar mídias capazes de absorvê-lo.

As mídias podem ser colocadas dentro do filtro ou em um reator de fosfato, como os reatores da Two Litte Fishies ou da Tropic Marin. Existem diversas marcas de mídia filtrante no mercado, mas podemos destacar o Seachem  Phosguard e o Rowaphos , que também absorvem silicatos,  e o Phosban  da Two Litte Fishies. A Seachem também possui um produto que combina seu removedor de fosfato com seu carvão ativado, o Seachem Seagel, que pode ser usado em aquários de água doce e água salgada.

Eliminando corantes

O uso de troncos em aquários de água doce pode resultar em uma água de coloração amarelada ou marrom. Isto ocorre pela liberação de corantes naturais encontrados na madeira, os taninos, que são solúveis. Embora eles não sejam prejudiciais aos peixes, a maioria dos aquaristas prefere manter a água o mais cristalina possível. As rações também podem conter quantidades significativas de corantes artificiais que reduzem a transparência da água.  Já nos aquários de água salgada é fundamental manter a água cristalina, já que os corais são organismos fotossintetizantes e precisam de uma iluminação forte para sobreviver.  As partículas em suspensão e corantes presentes na ração reduzem a eficiência do processo de fotossíntese, já que parte da luz será absorvida ou refletida. O mesmo ocorre na água doce em aquários plantados. As trocas parciais permitem a remoção destes corantes, removendo também partículas de matéria orgânica em suspensão que deixam água amarelada.

Nestes casos as trocas parciais podem ser reduzidas usando carvão ativado, que também remove odores desagradáveis.  Assim como as mídias de fosfato o carvão ativado pode ser colocado no sistema de filtragem ou em um reator.  Entre as melhores marcas de carvão ativado podemos citar o Hydrocarbon  e o Matrix Carbon, que não liberam fosfato na água .

Eliminando amônia, nitrito e nitrato

Como vimos em um post anterior estas três substâncias são tóxicas e estão interligadas. O amônia é transformado em nitrito,  que é  por sua vez transformado em nitrato. Este processo ocorre naturalmente pela ação de bactéria presentes no aquário. Em aquários em processo de estabilização ou com um sistema de filtragem subdimensionado pode ocorrer acúmulo de amônia e nitrito, que precisa ser removida com trocas parciais. Para evitar que isso seja necessário pode-se utilizar mídias desenvolvidas para maximizar o desenvolvimento de bactérias que degradam estas substâncias,  como o Matrix da Seachem ou o Siporax da Sera. Outra opção é utilizar o Purigem da Seachem, que  absorve os compostos nitrogenados da água impedindo a formação de amônia, nitrito e nitrato. A utilização do Prime também auxilia no controle destas substâncias, pois faz com que elas sejam transformadas em uma forma menos tóxica e de fácil remoção pela filtragem biológica.